O meu contato com o mundo dos leilões remonta a muitos anos atrás, quando corri o risco de perder o apartamento onde vivia com minha família. De lá para cá, com base em muito estudo e trabalho, consegui dar a volta por cima. Por ironia do destino, construí uma carreira sólida justamente com os leilões: em meu currículo, conto com mais de cem imóveis adquiridos em leilões de diversas modalidades.
Com o passar dos anos, vi que não fazia sentido para mim guardar o conhecimento que acumulei ao longo desses anos só para mim. Por isso, através de meus treinamentos, de minha newsletter e do material que disponibilizo nas redes sociais, passei a compartilhar minhas experiências com o público.
Ao longo dessa jornada, ouvi inúmeras perguntas referentes aos leilões da Caixa. São eles que atraem a atenção de muitos de meus alunos, e não são poucos os casos de investidores de sucesso que adentram o mundo dos leilões através deles.
Por que os leilões da Caixa são interessantes?
Os leilões da Caixa oferecem inúmeras oportunidades de bons negócios e apresentam muitas vantagens para quem ainda está começando, e até mesmo para aqueles que jamais arremataram um imóvel.
Como todos sabem, a Caixa Econômica Federal é um dos principais bancos do país. Por ser um dos instrumentos do governo para auxiliar a compra da casa própria, ela concentra grande parte dos financiamentos imobiliários em nosso país. Para se ter dimensão disso, cerca de 70% do financiamento imobiliário no Brasil é realizado através da Caixa. Estamos falando de mais da metade dos negócios desse tipo!
Logicamente, o fato de a Caixa oferecer um volume maior de financiamentos também faz com que tenha um volume maior de inadimplência. Esse número tem crescido ainda mais ao longo dos últimos anos, em razão da forte crise econômica atravessada em nosso país nos últimos anos.
Quando um financiamento não é quitado, o banco pode alienar o bem a fim de recuperar o valor devido, conforme previsto na lei 9.514. Com isso, pode levá-lo a leilão.
Hoje, a oferta de imóveis nesses leilões – ou seja, as oportunidades de negócios – é muito grande.
Por que esses imóveis são vendidos a preços abaixo do mercado?
Em primeiro lugar, precisamos fazer um esforço para “pensar como um banco”. O banco não tem interesse em imóveis, mas em dinheiro. Esse é o seu principal ativo, sua especialização é emprestar dinheiro e colher juros. Portanto, ao se ver na posse de imóveis, sua reação imediata é buscar convertê-los em dinheiro o mais rápido possível.
Além disso, o banco nem sempre oferece os imóveis a preço inferiores àqueles praticados no mercado. Os leilões da Caixa se dão em três etapas, e na primeira delas, realizada 30 dias após a devolução do imóvel, a oferta é feita pelo valor de mercado (embora, muitas vezes, possa haver boas oportunidades quando esse valor está defasado – a chave aqui é saber identifica-las).
Se não surge um comprador interessado, 15 dias mais tarde, o imóvel e oferecido em leilão pelo valor da dívida do antigo comprador. Por fim, na terceira etapa há valores “em aberto”, quando ocorrem licitações abertas, públicas ou privadas.
Mas afinal, por que esses leilões são tão interessantes para investidores iniciantes? Simples: porque há facilidades para participar dele e vantagens na hora do pagamento. É possível utilizar dinheiro do FGTS, por exemplo. Também existe a opção de parcelar o valor. Por isso, os leilões da Caixa são perfeitos para quem já tem o conhecimento necessário para se dar bem no mundo dos leilões, mas ainda não possui dinheiro para investir. Ao mesmo tempo, suas peculiaridades o tornam extremamente atraentes também para o investidor experiente.
Se você deseja conhecer mais detalhes e macetes de leilões da Caixa, está no lugar certo. Acompanhando este blog e a minha newsletter você será informado sobre os treinamentos que ofereço a respeito dessa modalidade de leilões.